quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O ginásio lotado clamava por seu nome. “Il Niño”, como era chamado pelas massas, o campeão do momento, estava levando uma surra. A plateia permanecia atônita àquele momento. O que estava acontecendo com o campeão do México?

HISTÓRIA 6 – SANDRO, A VERDADEIRA SUPER-FORÇA

A “lucha libre” jamais se esqueceria daquele jovem e poderoso lutador chamado Sandro, que ficou conhecido como “Il Niño”, em alusão ao poderoso furacão e ao fato de ser um lutador muito jovem. Mas havia um grande segredo por trás de sua habilidade...

A família Montoya ficou muito conhecida no México por revelar os grandes lutadores Juanito “El Puño” e Ricardo “Il Hombre” , consecutivamente, pai e filho, que se destacaram na Lucha Libre, modalidade clássica de luta-livre mexicana na qual os wrestlers utilizam máscaras e possuem algum tipo de alcunha. Uma das modalidades de luta mais populares do mundo e um dos grandes fortes do país, Juanito e Ricardo conseguiram a proeza de jamais serem derrotados em ringue.

Com a passagem do tempo, Juanito teve de deixar os ringues.  Seu filho , por outro lado, perduraria por mais alguns anos antes que também precisasse se aposentar, mas por uma razão diferente. Ricardo teve um filho, Sandro. As muitas lutas e constantes viagens fizeram com que Ricardo quase não tivesse contato com o filho. A relação com sua mulher desgastava-se, e esta, desesperada, resolveu abandonar o marido, e entregou a criança a avó paterna.
A partir deste momento, Ricardo decidiu abandonar as lutas e dedicar-se ao filho. E durante muitos anos não se ouviu falar dos Montoya...

15 anos depois...
Sandro já era um garoto, considerado grande para sua idade. Crescera sob os mimos dos avós e do pai, e era fascinado pelas histórias de luta que ouvia deles. Já vira alguma coisa na TV, jornais, revistas antigas...mas hoje não se falava mais nos Montoya, eles eram passado.
Certo dia Sandro encontra seu pai saudosista assistindo um VHS de sua luta com o temível “Toro Rey”, campeão espanhol de luta-livre. Naquele embate clássico, Ricardo massacrou o até então indomável espanhol com seu golpe “Lo Dorso”, no qual encaixava os dois braços do adversário nos seus e impulsionava o dorso sobre o oponente, o levando ao chão de bruços, com um enorme impacto. O ataque era fulminante.

Ricardo sorria sozinho, longe em pensamentos, certamente lembrando-se de cada detalhe daquela luta. Sandro se aproximou e somente então ele notou a presença do filho.
- Você não sente falta, pai? – Indagou o garoto, notando nitidamente no rosto do pai a alegria que este tinha no que fazia.
- Claro, meu filho. Todos os dias. – Sorriu, com um pouco de amargura.
- E você se arrepende de ter parado?
- Não. Fiz o que era certo. Só lamento não poder continuar...
O silêncio se fez presente por alguns instantes naquela sala. Após muito balbuciar, Sandro expressou algo que já carregava consigo há algum tempo. Um desejo que surpreenderia seu pai.
- Pai, eu quero ser um lutador. Como você e o vovô.
- O-o que disse?? – Disse o pai, levantando-se da poltrona

- Estou decidido pai. Eu quero ser o melhor, como vocês foram. O nome da nossa família será lembrado novamente! Está no nosso sangue, não está?
- Filho...
- Por favor, pai. Sei que sou capaz, e é o que sempre desejei! E eu quero que você me ensine!!!
- Você sabe o que aconteceu comigo. Sabe que esta não é uma vida só de glórias...você aceita isso? De verdade?
- Claro!

- Se é assim... – Ricardo fechou os olhos e soltou um singelo sorriso por um instante. No fundo de seu coração, ele sempre desejara isso, enxergava no filho uma nova chance de recomeçar, de lutar novamente, de levar o legado da família adiante. Tinha muito receio, é claro, devido a tudo que lhe aconteceu. Não gostaria de ver a história se repetir, mas não conseguira esconder a empolgação, que naquele momento era maior do que qualquer preocupação. – Teremos um longo caminho pela frente.
Sandro deu um forte abraço no pai, e em seguida deixou o cômodo. Emocionado, Ricardo não conseguiu evitar que uma lágrima escorresse em seu rosto, e enxugou-a em seguida. Neste mesmo instante uma mão tocava o seu ombro. Era seu pai, Juanito.

- Você sempre esperou por isso, não foi? – assentiu o homem de idade avançada.
- E você também, não é pai?
- Este dia iria chegar... – o velho campeão pausou sua fala por alguns segundos e retomou após uma tosse seca. – Ele não sabe sobre a sopa, sabe?
- Não pai...isto é um segredo e sempre será. Prometemos que isto ficaria com a gente.
- Se quiser que ele seja tão bom quanto nós fomos, ele deverá saber. Aliás, ele acabará descobrindo, se compreender que não é tão forte como nós já fomos. É bom que pense nisso.
Juanito deixou a sala e Ricardo ficou ali, por ainda muitos minutos, em silêncio, pensativo.
Meses se passaram.

Ricardo e Sandro treinavam arduamente, quase todos os dias. Além dos fundamentos ensinados pelo pai, Sandro praticava exercícios de musculatura com afinco. Também sempre acompanhava os torneios de lucha libre, observando as diversas manobras realizadas pelos lutadores mascarados, o que lhe inspirava e lhe dava ideias de golpes que poderia utilizar.
Durante todo este tempo, Ricardo mantivera em segredo o principal fator que tornara ele e seu pai os maiores lutadores de sua geração. A super-força e a resistência e vigor inacabáveis era, na verdade, resultado de uma sopa especial preparada por Mariazita, esposa de Juanito e portanto a avó de Sandro. Descendente de antigos bruxos astecas, Mariazita trouxe de sua tradição a receita que levava como principal ingrediente sete ervas-daninha e uma pimenta especial, conhecida como “Chilito”. Os astecas acreditavam que tal porção os tornava imortais. A imortalidade ainda não fora comprovada, mas de fato, uma força extraordinária era conferida aos homens que ingerissem uma enorme porção desta receita. E a família Montoya carregava consigo o segredo deste poderoso preparo.

Sandro acreditava fielmente que a super-força que sua família possuía era algo ligado a sua genética. Mas no dia em que tivesse de fato um grande desafio, iria descobrir que isto não era verdade. Ricardo então se encontrava em um terrível dilema. Deveria contar a verdade ao filho? Somente assim ele seria um grande lutador à sua altura, mas contando este segredo, perderia a confiança do garoto, que tanto admira ele e o avô.
A decisão não podia ser mais adiada quando Sandro se inscreveu, contra a vontade do pai, em um torneio amador que aconteceria na cidade. A primeira luta já estava marcada para o dia seguinte. Seu adversário seria Cautemoc Bueno, O Zango, um homem de 2,05m de altura e 140kg. Seria um vexame, na certa. Mas Sandro estava confiante demais.

- Pai, vai ser incrível! Nós somos invencíveis, você sabe. Vai ficar orgulhoso de mim...
- Não é bem assim filho...eu pedi que fosse com calma!
- O que foi , pai? Foi você mesmo que me treinou. Eu sou um Montoya, nós somos os melhores lutadores de lucha libre de todos os tempos. Você não precisa se preocupar.
- Filho...há algo que eu preciso te contar. – Era chegado o momento. Ricardo estava muito tenso e uma veia saltava por sua testa. Sandro reconhecia aquele sinal, isso só acontecia quando seu pai estava com algum problema sério.
- O que foi pai? Aconteceu algo, não foi?
- Tem algo que eu devia ter te contado há muito tempo. Eu sempre sonhei com o dia em que você se tornasse um lutador, mas...eu tentei esconder algo primordial de você.

- Fala logo, pai! – Sandro ficava curioso e impaciente, ao mesmo que mais preocupado.
- Você sempre admirou tanto eu e seu avô. Esse segredo...eu não queria perder você filho. Sua confiança. Eu perdi sua mãe...se você soubesse da verdade, talvez perderia sua admiração, que é a coisa mais valiosa que eu possuo. Mas agora acho que isso vai acontecer de qualquer jeito.
- Não estou entendendo... – Sandro ficava ainda mais confuso.
- Sobre nossa força filho...ela não é natural, como você sempre acreditou. Nunca fomos de fato, super-fortes. Temos um porte físico avantajado sim, mas a força que nos consagrou não é algo genético. – Nesta altura, Sandro já estava de olhos arregalados e boca aberta, recebendo a informação que mudaria toda sua concepção das coisas até aquele instante. – Como você sabe, sua avó é descendente de astecas, e ela trouxe consigo uma receita de sopa que dá força sobre-humana aos homens que a ingerirem. Toda vez que lutamos, tomamos uma porção dessa sopa e sentimos um enorme inchaço, tanto interno quanto externo. É uma sensação incrível...parece que somos capazes de destruir tudo. Lamento desapontá-lo...mas esta é verdadeira fonte de poder dos Montoya.

O silêncio se fez presente por alguns segundos.
- ...Eu já sabia.
- C-COMO??? – Ricardo ficou incrivelmente surpreso com a reação do filho. Não era possível.
- Naquele dia eu ouvi você e o vovô conversando sobre isso. Fiquei curioso e instigado, decidi perguntar para a vovó. Ela tentou disfarçar, mas, você sabe, ela não consegue mentir para mim. Desconfiado da reação dela, segui ela pela casa e a vi escondendo um livro no assoalho do porão. Entrei lá mais tarde e, lendo o livro, entendi sobre o que vocês falavam aquela hora.
- E...mesmo assim, não ficou com raiva de mim?

- Fiquei chateado, confesso. Mas depois compreendi tudo. Sei que era importante pra você manter isto em segredo, e por isso mesmo fingi não saber de nada. Isso não tem importância agora, pai. Somos uma família, e uma família de campeões. Eu só quero realizar meu sonho, que também é o seu pai. Então agora vai me deixar lutar, certo?

- Sem a sopa??
- Claro que não. A vovó já sabe que eu sei. Foi ela quem me pediu descrição.
- Mamãe....he. – De alguma forma, Ricardo estava mais aliviado.
As coisas agora pareciam caminhar. Nada poderia impedir o surgimento de um novo lutador Montoya. Antes do início da primeira luta, Sandro recebeu de seu pai a primeira máscara de lutador. Uma máscara vermelha com detalhes amarelos.
Tomando a sopa de sua avó uma hora antes da luta, Sandro não deu a menor chance ao poderoso Zango, nocauteando-o logo no primeiro assalto. Todos os expectadores ficaram estarrecidos com a força do garoto de apenas 16 anos. Sandro foi campeão daquele torneio, o que despertou a atenção não só daqueles expectadores, mas de toda a cidade e da mídia local. Um dos jornais chamou aquele garoto de “Il Niño”. O apelido pegou.
Com as constantes vitórias em torneios regionais, Sandro não demorou a receber um convite da liga nacional de Lucha Libre. O sonho enfim se tornaria realidade. Era, agora, um lutador profissional.

O nome Montoya ressurgia no cenário nacional através das vitórias de Il Niño. “O lutador mais forte do México”; “O prodígio”. Ricardo se enchia de orgulho. Sandro conquistou seu primeiro cinturão em um duelo épico com Bonasburro, o até então imbatível campeão da Lucha Libre. Tal façanha despertou a atenção de gente envolvida com os bastidores do esporte. Gente que lida com muito dinheiro e ambição. A máfia da luta.

- Parabéns. Você é incrivelmente forte, garoto! – Disse um homem de altura mediana, portando óculos escuros e um chapéu negro como todo o seu terno. Possuía um aspecto estrangeiro, provavelmente americano. Estava acompanhado de mais dois homens, que se mantinham uma linha atrás dele, no momento em que abordara Sandro quando acabava seguia rumo ao vestiário.
- Obrigado. – Agradeceu singelamente.
- Sua força é mesmo incrível. Faz jus à fama que sua família conquistara há anos atrás. “Os lutadores mais fortes do mundo”. Realmente incrível.
Sandro ficou ressabiado quando o homem citou sua família. Poderia ele saber de algo sobre a sopa? De qualquer forma, seria melhor evitar aquele sujeito.
- Bom, estou com um pouco de pressa... Se me dá licença...
- Espere. – Segurou Sandro pelo braço. – Tenho uma oferta interessante pra você. Já pensou em lutar na WWE, garoto? A maior liga de luta livre do mundo?
- WWE? – Sandro virou-se e soltou o braço do homem, soltando um leve sorriso de deboche. – Por que eu deveria?
- Lá estão os melhores do mundo. Pense no que você e sua força poderiam fazer lá!
- Aquilo é uma farsa! Não tenho intensão de deixar meu país e muito menos de participar de uma palhaçada daquelas. Eu sou um lutador, não um ator. Me dá licença.

Sandro deu as costas e adentrou o vestiário, fechando a porta com força. Aquele sujeito deixou o local enfurecido.
Alguns dias depois Sandro participava de uma nova disputa de cinturão, desta vez com o glorioso Serpentil, conhecido como “O Rei da Lucha Secundária”. Sandro esperava sua avó chegar, do lado de fora do ginásio, trazendo sua sopa. Alguns metros distantes estavam aqueles homens americanos novamente, apenas observando. A velha Mariazita chegou e entregou um embrulho ao neto, antes de despedir-se dele com um beijo na fronte. A velha senhora deixava o local.
- Já sabem o que fazer, não é? – Inferiu o homem de chapéu aos seus subordinados.
A luta prosseguiu, e, obviamente, Sandro faturou um novo cinturão. Aclamado pelo público, Il Niño deixava o ringue quando aquele homem lhe abordou novamente.

- E então garoto, considerou minha proposta?
- Esqueça. Não preciso repetir o que te disse aquele dia.
- Claro que não. Uma pena...você parece talentoso. Mas tenho certeza que não vencerá a próxima luta.
- O que quer dizer com isso? – Sandro espantou-se com tal afirmação.
- Até mais, Il Niño...
O sujeito deixou o local e Sandro ficou agoniado. Já era quase certeza que seu segredo havia sido descoberto. Mas como?
Poucas horas depois,Sandro estava pra deixar o ginásio quando Ricardo um tanto quanto afobado, e tenso. Mal conseguia controlar as palavras.
- O que houve, pai??
-S-SUA AVÓ, FILHO! ELA FOI SEQUESTRADA!!!
Xeque e mate. Os mafiosos, suspeitando da estranha força descomunal do garoto, passaram a segui-lo e descobriram quem e o que lhe forneciam seus poderes. Ou seja, nesta altura, os mafiosos já sabiam de tudo e sua avó corria perigo.

Não demorou para que os mafiosos entrassem em contato. A conversa foi breve.
- Olá, garoto. Você já esperava esse contato, não?
- DEVOLVAM MINHA AVÓ!!!
- Calma, Il Niño. Você vai ter ela de volta. Mas pra ver sua vozinha novamente, você vai ter de fazer exatamente o que eu vou te dizer. Na próxima disputa do cinturão internacional você vai perder de qualquer jeito. Apostamos alto nisso....e será um prazer te ver beijando a lona. Nos vemos em Monterrey.
- MALDITO!
 O homem desligou. Sandro não tinha muita escolha...e a grande luta seria daqui dois dias.
Disputa de cinturão internacional. O campeão do México, Sandro Montoya, o “Il Niño”, contra Franco Guezarra, o “Bestia Rey”, campeão da Espanha. A luta aconteceria no grande ginásio de Monterrey.
Sandro se aquecia para o combate, e sua cabeça longe, pensando na avó. Lembrando de todos os momentos com ela, de tudo que ela lhe ensinara, de tudo o que ela representava. Em contrapartida lembrava do avô e do pai, do sonho da luta livre, do legado da família. Se Sandro perdesse, seu sonho e o de sua família estariam arruinados. Se vencesse, algo muito ruim poderia acontecer a sua avó. E pra completar, desta vez não havia sopa. As chances de vencer não seriam muito grandes.
O duelo teve início. Sandro se surpreendeu ao sentir normalmente os golpes adversários. Eram dolorosos, e mais ágeis. Na verdade sempre foram, mas só que agora podia perceber a real dimensão da luta. Levando grande sufoco no começo, Sandro aos poucos se adequou a dimensão do combate e começou a equilibrar o resultado. Mas oscilava. A dúvida perdurava em sua mente. Haveria uma saída para aquela situação?
Enquanto refletia, Sandro apanhava e muito. A platéia, fanática, ficava atônita com o que estava vendo. Os golpes se sucederam, até que recebeu de Bestia Rey uma chave no pescoço, que resultou em um choque de sua cabeça no chão, de modo que ficou caído na lona e atordoado. A contagem iria se iniciar. Sandro olhou para o lado de fora do ringue, e viu aqueles homens novamente: os mafiosos. Sandro reunia forças para erguer-se. Aqueles sujeitos não poderiam sair safos assim! O juiz contava...já estava nos 7. Foi então que em seu subconsciente, a lembrança do que sua avó lhe dissera na última vez que lhe entregara a sopa veio à tona.

-“Sandro, a verdadeira força está dentro de você! Não é a sopa em si que o torna forte, mas sim a crença que você tem no poder daquilo! Esta é a verdadeira fonte da magia asteca!!!”
 Sandro enfim compreendeu o segredo da sopa. Os ingredientes eram apenas um elixir, mas para aquilo funcionar era necessária a força de vontade, o acreditar, a força própria. Um sentido além dos cinco sentidos básicos e da intuição. O sétimo sentido.
Em um grande ímpeto, Sandro ergueu-se e explodiu em uma enorme força. Seus músculos incharam de forma descomunal, assustando a todos os presentes. Sandro pegou seu adversário pelo braço e o arremessou a metros e metros de distância, destruindo parte do telhado do ginásio. Assustadas, as pessoas começaram a evacuar o local.
Algumas vigas de ferro começaram a cair e o local começava a ruir. Sandro parecia crescer ainda mais, estava muito mais forte do que de costume. Uma pessoa permanecia ali, assustada como um cão covarde, observando a incrível reação do garoto. O homem de vestes pretas.
- Agora é a sua vez! – Inferiu Sandro, apontando o indicador para o indivíduo e partindo em sua direção.

- Não, espere!!! – O homem agora clamava por piedade.
- CADÊ A MINHA AVÓ???? – Sandro erguia o homem pela gola.
-Ela...não está mais em nossas mãos. – disse o sujeito, quase sufocado.
- O que vocês fizeram com ela????
- Se você me soltar, eu falo...
- ORA SEU...!
Naquele instante todo o teto do ginásio veio abaixo. Sandro teve apenas a reação de erguer os braços. Diversas vigas de ferro desabaram sobre ele e o sujeito., mas Sandro permaneceu de pé ao fim do desabamento. Ele realmente estava muito forte, e não sofreu sequer um arranhão. Quanto ao sujeito, não teve a mesma sorte. Sandro retirou seu corpo dos escombros, e verificou seu celular. A última ligação possuía um prefixo que desconhecera; era uma ligação estrangeira.
Sandro voltou para casa e relatou ao pai todo o ocorrido. Ambos decidiram investigar a origem daquela ligação, onde provavelmente encontraria sua avó, e conseguiram descobrir sua localização. Vinha de São Paulo, no Brasil. Ricardo sabia que seu filho tinha uma grande missão agora. E assim Sandro partiu, em direção a São Paulo.

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