sábado, 8 de outubro de 2011

Capítulo II – Negros

Enquanto isso, na senzala...

O texto a seguir é uma seleção do que mais interessante é abordado no segundo capítulo da obra Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. Abrimos mão de qualquer forma culta na escrita e da formalidade para retratar, com outro ponto de vista, temas históricos que nos são ensinados na escola e até mesmo nas Universidades.

Sabe aquela história de “dê o poder à uma pessoa e saberás quem ela realmente é”? Pois então, segundo Narloch, muitos negros, quando chegavam ao poder, passavam a escravizar outros negros e inclusive atuavam no tráfico destes. No Brasil, quando os negros começaram a ser libertos, aqueles que conseguiam conquistar o direito à liberdade, costumavam a escravizar aqueles que ainda estavam em condições de escravidão. Narloch afirma que em 1811, quase metade das casas com escravos eram chefiadas por negros. Ao contrário do que é retratado nas escolas e pela mídia, não era em todas as casas que os escravos eram tratados a base de chibatadas. Em muitos lares, os escravos trabalhavam na lavoura junto com seus senhores.

O autor cita relato do Capitão holandês João Blaer, que lutou contra o quilombo em 1645. Blaer afirma que os demais negros se colocavam de joelhos a frente de Ganga Zumba, e que este, era tratado como um rei. Afirma ainda, que Zumbi dos Palmares, visto como herói pelo povo brasileiro, também tinha muitos escravos.

Quando falamos de escravos já lembramos diretamente dos negos, não é mesmo?! Mas o que muitos não sabem é que em algumas regiões existiram escravos brancos de olhos azuis. O povo eslavo foi submetido à vontade dos germanos e dos africanos. Entre 1500 e 1800, os reinos árabes capturaram mais de um milhão de escravos brancos.

Enfim... Independentemente de qual seja a verdade sobre estes fatos, a realidade é que a escravidão existe até hoje. Vimos recentemente o caso da empresa Zara, e sabemos que outras empresas se utilizam de mão de obra barata, seja no Brasil, na China ou em Taiwan. Seja em fábricas, fazendas ou em suas próprias casas. Escravizados sem ter nem o que comer, ou recebendo um salário indigno, ou cumprindo uma carga horária desumana.

Além destas condições precárias de trabalho, ainda existe o tráfico de pessoas e há grande descriminação, principalmente, com o povo negro. Por mais que a história possa ser diferente do que aprendemos na escola, a sociedade não consegue tratar a todos com igualdade.

Este texto foi produzido a partir da obra Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, de Leandro Narloch. As opiniões expressas no texto são particularidades dos membros da Agência Geração Y.


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