Dia 25 de fevereiro, em Porto Alegre , um grupo chamado Massa Crítica, que é um movimento que procura conscientizar a população sobre os benefícios do uso da bicicleta como meio de transporte, estava realizando uma passeata, com mais de 100 pessoas presentes, para a inauguração do espaço cultural Cidade das Bicicletas, quando um motorista acelerou contra os ciclistas.
O Golf preto era conduzido pelo bancário Ricardo Neis, de 47 anos, que disse ter se sentido ameaçado pelos ciclistas, após receber ameaças, e por isso acelerou o veículo, “abrindo caminho” à força. A defesa de Ricardo alega que as imagens dos vídeos publicados na internet não mostram quando o veículo foi cercado e depredado por ciclistas.
Confira o vídeo do exato momento do atropelamento:
O acusado já tem um histórico de multas por infrações, como dirigir na contramão e excesso de velocidade, e processos por ameaça de agressão, inclusive contra uma ex-namorada, e agora será indiciado por tentativa de homicídio.
Este episódio do atropelamento está rolando até hoje em várias mídias e com toda razão!
Muitas pessoas, ao estarem atrás de um volante acham ter prioridade nas vias, e acabam se transformando em monstros, pois, o que está à sua volta já não é tão importante quanto elas mesmas.
Agora muitos se perguntam em vários lugares, se estavam certos os ciclistas e nos lugares certos, ou, quem estava com a razão era o proprietário do golf que atropelou vários ciclistas presentes na passeata.
Hoje, não vemos mais protestos ou passeatas tão fortes como existiam antigamente, e quando há pessoas que resolvem reivindicar algo, as mesmas acabam sofrendo por ignorância de pessoas que não estão se preocupando com o que está acontecendo à sua volta. O ser humano acaba muitas vezes sendo dominado pelo seu domínio, e em minha opinião foi o que aconteceu nesse fato. Pois, o condutor afirma que os ciclistas estavam o provocando, ameaçando amassar ou riscar seu veículo. Ok! Mesmo que eles estivessem com o intuito de riscar o veículo eles estavam completamente errados não é?! Agora, acidentar várias pessoas sem a noção do perigo que elas poderiam correr naquela situação tudo bem?
É onde vemos a importância quanto às coisas materiais e a importância do ser humano para algumas pessoas. Em uma matéria lida no site IG, soubemos que além do sofrido, os ciclistas estão recebendo ameaças de morte em seu site e até mesmo na rua quando estão nas bikes, afirmando que quando passam nas ruas ouvem: “STRIKE”. Na verdade, não sei o que é pior, se é a falta de interpretação por parte das pessoas, se é ignorância, ou pessoas que estão só se preocupando mais uma vez em chegar mais rápido, em ultrapassar vários em uma via... É difícil ter que encarar essa competição em pleno trânsito, não acha?!
Sabe quando você já arrumou a mesa para o jantar e decide mudar a toalha que colocou? A primeira coisa que vem em sua cabeça é aquela velha história de puxar a toalha tão rápido que os talheres irão continuar no mesmo lugar. Você que é uma pessoa consciente logo pensa: “Calma, isso não vai dar certo e eu vou tirar as coisas e depois coloco de novo, já que não quero arriscar que alguma coisa se quebre.” Isso é pensar friamente nas conseqüências dos seus atos, por menores que sejam.
Questão 1:
Será que nosso querido seguidor das causas humanistas Ricardo Neis...
[ ] Comparou os ciclistas com talheres e decidiu arriscar?
[ ] Não teve a calma necessária para pensar no desfecho da ação? Precisa pensar mesmo?
[ ] Achou que sairia impune? Com nossa justiça, talvez a melhor das hipóteses!
Sinceramente a resposta não tem a mínima importância, legitima defesa ou não, não importa! Esse cowboy pegou seus tantos cavalos de potência e perdeu a paciência, pagou de super-herói e levou todos no peito, atropelando ciclistas como se fossem baratas que nunca são bem vindas em lugar nenhum.
E se fosse outro tipo de manifestação? Sei lá, gays, negros ou moradores de rua protestando por motivo Y, ele não o iria cometer?
“A, então você está realmente descartando a real hipótese de uma legitima defesa?”
SIM, E SE VOCÊ REALMENTE PENSA DIFERENTE ATROPELA SUA MÃE?!
Dizem que os jornalistas devem ser imparciais, devem buscar um equilíbrio na matéria para não favorecer nenhum lado. Então ta bom. Ricardo Neis disse ter sido ameaçado pelos ciclistas, e agiu em legítima defesa. Vamos nos colocar no lugar dele então e reprimir a ameaça. Abaixo, você pode jogar atropelando os ciclistas ou clicar no link para manifestar seu repúdio ao atropelamento dos ciclistas em Porto Alegre e solicitar que medidas sejam tomadas. Ou melhor, faça os dois. Jogue este game criado em forma de protesto e assine o abaixo-assinado.
[Por problemas para retirar a música automática do game ao iniciar o blog, o retiramos do ar, mas você ainda pode acessá-lo no link acima]
Este post foi criado coletivamente pela Agência Geração Y. Nós utilizamos de diversas formas de escritas e estilos de textos, como iniciar com texto informativo, passar por opinativo e ainda utilizar de recursos como imagens e vídeos para reforçar a ideia que queríamos passar. O game foi retirado do site WWW.piritubano.com e não incentiva a violência em hipótese alguma, é realmente uma forma de protesto.
Não sou arroz de festa de protestos, hahaha, mas dos que já participei, sempre há aquele motorista irritado que fica buzinando como um louco, pedindo passagem numa via que é óbvio que está bloqueada pelo número de pessoas. Acredito que este motorista tenha sido o nervoso da vez. Ele deve ter gritado, bufado, falado muita merda, e então os ciclistas, que também são humanos dotados de paciência finita, começaram a responder as agressões, o que deve ter feito o motorista seguir adiante como uma bola numa pista de boliche. O que é uma filha da putagem sem tamanho.
ResponderExcluirDo ponto jurídico, a legítima defesa só se dá no extremo da situação, ou seja, se já não tivesse mais como escapar da ação. E a lei também protege ciclistas e pedestres de pessoas em seus automotivos, por que querendo ou não, é uma ligação de fraqueza e força entre estes. Além claro, de quase todas as leis terem como objetivo maior a proteção da vida humana. Logo, esse motorista não vai se dar nada bem. Assim esperamos, quem sabe que com um exemplo - infeliz - como este, se pense duas, ou ao menos três vezes, antes de sair se fazendo o que se quer.
sempre tem os monstros dos asfaltos.
ResponderExcluirTá aí, o ponto de vista de um advogado. Adoro meus amigos de áreas diversas =) rsrs
ResponderExcluirA monstruosidade que as pessoas são capazes de cometer, vai muito além de qualquer imaginação. Esse cara deve ir pra cadeia, é isso mesmo CADEIA! Acho que não só Jornalistas devem ser impaciais, mas sim COMUNICÓLOGOS em geral, mas nesse caso não há como não se posicionar a respeito.
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