Parabéns São Paulo!

Em comemoração ao 457º aniversário de São Paulo, a Agência Geração Y trouxe mais uma novidade. Os leitores do blog foram convidados a escrever aquilo que os faz lembrar da maior cidade do país.

Segue abaixo as três melhores histórias. A equipe se reunirá para escolher a melhor das três e prepararemos uma surpresa. Confira os três melhores e aguardem. Á... Parabéns São Paulo!

São Paulo, terra de todos

Em tempos que transexual apareceu em BBB não podemos esquecer que em São Paulo já ocorreu a maior parada gay do mundo, no “novos tempos” abrir espaços para todo tipo de opinião sexual é fundamental e isso São Paulo faz muito bem por que em Sampa todas pessoas são antes de mais nada: pessoas! Independente de opção sexual.

Diego Siqueira

Cidade Grande

Helber é um morador de São Matheus Z/L, e trabalha em Mairiporã Grande São Paulo, Já são 04:00 horas da manha e ele esta de pé pronto pra ir trabalhar, pega um ônibus e vai até o ponto final(Metro Carrão), depois pega o metrô e vai até o ponto final novamente, Já acabou? não! (RS) ainda tem o trem que vai até Franco da Rocha e ainda leva mais 50 minutos toda manhã.

Quando chega no trabalho ele já "viajou" 3 horas e nem saiu da Grande São Paulo, com esse tempo ele poderia ir pra Minas ver os tios todo dia. E ainda tem o caminho de volta, ao final do dia ele viajou 6 horas e trabalhou mais 8, são 14 horas dedicadas ao trabalho e andando pela cidade de São Paulo.

Essa é São Paulo, uma cidade onde trabalhadores viajam todos os dias para trabalhar, para ver os amigos, para ir a balada, pra qualquer coisa! e ainda assim estamos em São Paulo.

 Diversidade, obstáculos, chuva, trânsito, pessoas mal humoradas são os contras, mas São Paulo não é apenas isso, se São Paulo não fosse São Paulo creio que as pessoas não agüentariam tudo isso e continuariam a morar aqui! Descubra você sua São Paulo e ajude a fazer uma cidade melhor.

Parabéns São Paulo.

Helber P. dos Santos.

Eu e São Paulo

 Meu primeiro trabalho na vida foi de office-boy! Nem sei mais se usam esse tipo de nome para esse tipo de trabalho, pois mudei para for a do país há mais de 20 anos atrás. Hoje em dia falo de Sampa somente com saudades, pois há muito que nem visito essa cidade que adoro!

Quando eu trabalhava de “boy” em São Paulo, conhecia todas as ruas, todos os pontos de onibus e os lugares mais estranhos que havia na cidade. Eu andava de ônibus pra lá e pra cá, como se a vida fosse assim simples: pegar um onibus e ir até o destino.

Avenida Paulista, Avenida São João, Consolação, Jardins, e afins! Assim era a vida de “boy” na cidade mais movimentada do Brasil (e quem sabe do mundo?). Eu tinha 14 ou 15 anos e nunca me preocupava com nada, com sequestros, atropelamentos, estupros, nada disso… A vida era menos complicada e a gente até que tinha divertimento: pular do ônibus pela porta de trás, conhecer  o cobrador e não pagar toda vez que pegava o busão!

Isso era lá pelos finais dos anos 70 e São Paulo já era enorme e confusa. Mas a vida de office boy era muito legal. Fazia uns depósitos no banco, pagava umas duplicatas e depois, se não tivesse muita coisa pra fazer, pegava um cineminha na Paulista, nos lugares frequentados pelos riquinhos do Colégio São Luis ou mesmo da periferia mais classe A, Segundo eles mesmos, claro!

Mas São Paulo era demais…. tinha de tudo e mais um pouco. A gente comia x-salada, esfiha aberta ou mesmo pastel de feira e passava o dia numa boa, correndo atrás do busão ou esperando passar um mais vazio, dependendo da hora e do dia.

Ah, que bons tempos eram aqueles! E depois de um dia fazendo tudo que um boy podia fazer, ainda tinha de chegar em casa e se preparar para ir pra escola. Estudava no noturno, claro!

Hoje em dia já não sei mais como são as coisas para os “boys” dos anos 2011, mas posso garantir que eles não tem metade do divertimento e liberdade que tínhamos na minha época de boy! Existia uma liberdade que é difícil de se ver hoje em dia em qualquer parte do mundo. Não creio que São Paulo tenha conservado essas coisas que eu gostava tanto, mas pode ser que existam outras que sejam mais excitantes para os adolescentes que trabalham hoje em dia.

Mas eu sinto que São Paulo ainda é a cidade que eu adorava ver da janela do ônibus ou caminhando pelas avenidas, uma cidade pulsante e agitada, com correria e muito ruído, mas uma cidade acolhedora que atraía (e ainda atrai), gente do mundo inteiro e que não pensam nunca em deixar de ter um carinho especial por Sampa.

 Sergio Souza